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Perineoplastia

Perineoplastia18 de junho de 2020

Perineoplastia, ao contrário do que muitos acham, não é uma simples cirurgia para suspender a “bexiga caída”. Existem vários defeitos ginecológicos que geram a saída de alguma parte da vagina para fora da mesma.

Temos a cistocele, quando realmente é a bexiga que empurra a parede anterior da vagina para fora. A retocele quando uma parte do intestino grosso empurra a parede posterior da vagina para fora. Existe também a enterocele quando o intestino delgado empurra uma parte do fundo da vagina para fora, e por fim a rotura perineal, quando a musculatura da entrada da vagina apresenta frouxidão.

Cada um destes defeitos podem causar sintomas desagradáveis para a paciente, geralmente uma sensação que há algo saindo da vagina, especialmente quando realiza alguma atividade física ou durante a relação sexual, porém, muitas vezes não se sente absolutamente nada.  Nos casos mais leves e pouco sintomáticos é possível realizar um tratamento conservador com fisioterapia perineal e terapia hormonal tópica. No entanto, existem casos mais avançados em que o tratamento geralmente é cirúrgico

Existem várias técnicas específicas para cada tipo de prolapso, por exemplo, a correção da cistocele é feita através de suturas na parede vaginal superior para reestabelecer à sustentação da bexiga. Já a retocele e a enterocele são corrigidas abrindo a parede vaginal inferior, onde se identifica o local defeituoso e é feito a correção dessa sustentação através de diferentes tipos de sutura. Ambas as cirurgias não deixam cicatrizes visíveis.

Já a rotura perineal, pode ser corrigida através de uma aproximação dos músculos da entrada vaginal, fazendo que a mesma fique mais estreita e com aparência mais estética. Esta por sua vez, deixa uma cicatriz que em geral não se percebe por ficar exatamente na linha média entre a vagina e o ânus. 

Uma dúvida muito comum em consultório é se a perineoplastia pode resolver problemas de incontinência urinária (perda de urina aos esforços) porém essa cirurgia não tem grandes efeitos para este problema. Esta doença  exige outros tipos de cirurgia, mas que podem ser feitos no mesmo momento cirúrgico.

É muito importante que seja feita uma avaliação criteriosa antes da realização destas cirurgias, pois, quando bem indicadas, estas trazem um grande beneficio na qualidade de vida das pacientes.